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sexta-feira, 21 de março de 2014

[Ruídos no Espaço] - Nobuo Uematsu

Quando soube que Nobuo Uematsu celebrava hoje 55 anos, quis imediatamente falar do senhor e das suas músicas - e do que representam para mim.
Para tal, não há melhor desculpa para começar uma nova coluna. Pois bem, sejam bem-vindos ao Ruídos no Espaço, onde espero partilhar mais músicas com quem lê o Per Nebulae.

Sem qualquer ordem de preferência, vamos ao TOP 10




O meu primeiro Final Fantasy. Tinha de escolher uma prenda de Natal para mim e para o meu irmão; escolhi um jogo (que já não me lembro) da revista Playstation e este para o ele. Como só recebíamos jogos duas vezes por ano, tinha de os escolher bastante longos. Eis o meu primeiro RPG.
Anos mais tarde, comprei o jogo ao meu irmão.
Esta música é tão calma, mas tão inquieta. À medida que avançamos pela dungeon e a música se repete, temos a sensação de estarmos a ser seguidos e observados, mas com aquela sensação de isolamento e de estarmos perdidos.
Uma menção especial para a Love Grows, versão Distant Worlds, que me acompanhou em longos momentos de escrita.



Se Helena de Tróia tem a cara que lançou milhares de navios, o Prelúdio lançou milhares (alguns) Final Fantasy e histórias de Cristais. Por não me conseguir decidir pela melhor versão em videojogo, deixo aqui a versão Distant Worlds. Quando ouço esta música, sei que vou começar algo grandioso e muito bonito.



Se dizemos que Lost Odyssey é o verdadeiro Final Fantasy XIII, por alguma razão o é.
Esta música toca quando acedemos ao menu do Mapa Mundo (yeap) e é tão fantástica que, simplesmente, ficamos por lá. A Neverending Journey começa bastante calma, embaladora com instrumentos de sopro que remetem para uma paisagem de campo, onde o vento desliza sobre o verde da relva que se prolonga até ao limite da vista. Depois entra a guitarra eléctrica e algo acontece durante a viagem!
É incrível. Ouçam tudo até ao fim. Há tanta música de LO que poderia colocar aqui, desde as vocais, às versões em harpa, aos temas das personagens, aos temas que tocam nas memórias que coleccionamos. É um jogo magnífico, mesmo.



Admito que não estou a gostar tanto quanto queria, mas não podemos apontar a banda sonora como defeito de Blue Dragon.
Quando esta música entra em cena, normalmente em grandes bosses sabemos que a coisa vai ser pesada. Adrenalina!



Por pior que falem deste jogo, lembro-me exactamente onde estava quando cheguei a esta cena. Eram as férias da Páscoa, os meus tios estavam em casa e o relógio batia as quatro ou as cinco da manhã, levantei o volume da televisão para ver e ouvir esta bela música.
Sempre que a ouço, mesmo agora, é impossível ficar indiferente...



Paz. Joguei este jogo depois do VII, VIII, IX e X e fiquei apaixonado pelo mundo das sprites dos antigos Final Fantasy.



Pode não ser originalmente do Nobuo, mas o arranjo! Nem sei por que meti esta música na lista à frente de outras, mas quando jogava FF V, dava por mim a dançar frequentemente com as bailarinas das tavernas. I am a dancer!



E não ia meter esta?! Até meto a versão do jogo para dar aquele toque de nostalgia. O arranjo, a história dentro da história, a música, a letra e tudo isto na glória dos 16-bits. Têm a versão Distant Worlds com cantores de ópera, mas se puderem, tentem ouvir a versão The Impresario de Jake Kaufman - deliciosa.



Nem vou mais longe que a música principal do jogo. 
Tenho uma história sobre FF IX que poderão achar demente. Este foi o meu primeiro Final Fantasy já quando tinha noção do que era Final Fantasy e tinha pedido o jogo para os anos. Então, com um mês de antecedência, a revista Playstation ofereceu o trailer no CD que comprei e fiz questão de ver todas as noites antes de me ir deitar até ter o jogo nas minhas mãos...
Não falhei e sempre que o via, sentia uma espécie de ansiedade boa em mim. 
Chega a data, o meu pai sai do Hospital onde foi operado e consegue comprar-me o jogo. Na altura só queria saber do presente, mas hoje... mais crescido e maduro, tenho a verdadeira noção do esforço da parte dele. Obrigado, pai. 
Meti o jogo na consola, depois de admirar a arte no CD, e deixei que entrasse no menu principal. Depois fui ajudar o meu pai com o almoço de anos e com o resto das coisas - a música repetia, repetia e nunca me cansei.



Termino com a minha música preferida de sempre, sempre, sempre tal como se encontra no meu DVD extra do jogo. 
Parei de escrever isto para ver o vídeo. 
Suteki Da Ne e todo o Final Fantasy X marcaram-me tanto e ainda marcam. Joguei este jogo numa altura bonita e maravilhosa da minha vida; num período de descobrimento pessoal e afirmação de quem realmente era. Jogar este jogo guiou-me por caminhos que me levaram a amigos, ao amor, à imaginação e à escrita. Os meus gostos musicais foram moldados, as minhas preferências também e tornei-me no que sou hoje. Mau ou bom, devo muito ao Final Fantasy X - imenso - e estou em pulgas para jogar a versão em HD, mas esse luxo só o terei na minha casa nova. Até lá, ouço as músicas.

O problema destas listas é que têm de terminar e muito fica de fora. Peço desculpa aos fãs de Final Fantasy VII, mas tirando algumas músicas, não o achei tão memorável para reter alguma história para contar. Minto, tenho uma!, quando fui a casa de um amigo meu nos Açores buscar a demo do Metal Gear Solid (outra história para outra altura!), ele estava a jogar FF VII e vi, pelo canto do olho, uma luta contra um boss. Obrigado, Barata!

Parabéns, Nobuo!
E quais são as vossas músicas favoritas?

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