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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Siren Blood Curse - Opinião

Hoje trago-vos a minha opinião sobre este jogo de terror para a Playstation 3.
Cliquem a seguir ao trailer para lerem o texto na íntegra.


Siren Blood Curse - PS3



Acabei este jogo ontem, quando o relógio batia a meia-noite, após uma semana a jogar dois capítulos por dia. 
E o que achei deste jogo? Por norma, classifico os jogos como maus e bons e explico o porquê, mas eu não consigo classificar este jogo dessa maneira – basicamente isto. 
Não consigo dizer que este jogo é mau porque gostei muito de o jogar, mas também não é o melhor jogo devido aos seus defeitos, mas cativou-me o suficiente para voltar todos os dias para mais doses de surrealismo e demência. 

DEMÊNCIA: eis a palavra certa para isto, o jogo é demente! Sem revelar muito, a história passa-se na aldeia japonesa de Hanuda onde ocorrem acontecimentos bizarros ligados ao sobrenatural; e para investigar o que está a acontecer, uma equipa de filmagem americana desloca-se à aldeia (adicionem a filha do casal e um estudante americano) e temos o elenco quase completo, quase. Durante doze capítulos, alternamos entre diferentes personagens, cada uma com as suas capacidades e histórias, para descobrir o que realmente se passa em Hanuda. Os capítulos são breves; podem pegar, jogar e sair sem quaisquer problemas porque nunca se vão sentir perdidos – Siren faz o favor de recapitular o que aconteceu com uma série de televisão, o que também é bastante útil para nos manter presos ao ecrã com as cenas dos próximos capítulos (boa estratégia!) 
Depois de nos habituarmos aos controlos antiquados e à câmara enferrujada, a jogabilidade facilita bastante e deixa de incomodar. Não existem grandes artifícios e combinações de botões para nos tirar o sono; basta andar, agachar e atacar quando for necessário. Falando em ataque, tenham em conta que Siren não é um jogo de acção, onde o objectivo é matar os Shibito (inimigos do jogo), mas sim evitá-los. O combate é sempre em último caso e quando tem de ser, tem de ser! Não contem com muitas armas vistosas porque vão lutar com o que tiverem à mão: conchas de água, frigideiras, paus, enfim, raramente conseguem uma arma de fogo e aqui reside um grande defeito: quando tiverem uma arma, os tiros são infinitos para um jogo que pretende assustar… Ter uma arma de fogo faz-nos sentir invencíveis e damos por garantido qualquer luta. Bem, sim e não. Na verdade, os Shibito nunca morrem. Nunca. Esperem uns minutos e eles voltam a atacar. 



Agora deixem-me falar dos Shibito. À primeira vista parecem o típico zombie dos jogos de terror, mas estão um pouco longe dessa trope. Enquanto um zombie é um saco de carne ambulante a gemer contra as paredes que só faz a festa quando vos vê, estes inimigos (apesar de mortos) acham que estão vivos, conversam entre si e passeiam pela aldeia a trabalhar, o que torna a coisa mais assustadora… Nada pior do que andarem pelos corredores escuros do hospital a ouvirem as enfermeiras a “trabalhar” e preocupadas com as máquinas; ou uma família a ver televisão enquanto estão escondidos no armário ao lado… Agora quando vos descobrirem… fujam!
Siren tem duas mecânicas deliciosas e essenciais para sobrevivermos, a primeira é o Sight Jacking que implica ver através dos olhos do inimigo e, desta forma, poder saber onde é que ele está e para onde vai para calcularmos os nossos movimentos e a opção de nos escondermos (debaixo de camas, mesas, dentro de armários, não interessa). Agora juntem as duas mecânicas e o coração até vos salta da boca, acreditem, vocês vão ouvi-lo várias vezes quando um Shibito se aproximar. 

A história é confusa, admito. A forma como ela se desenrola à nossa frente não é a melhor e requer a leitura dos objectos que encontram pelo jogo (adicionados ao Arquivo). Após terminar o Siren, tive de ler uma compilação do que tinha perdido e quando finalmente percebi tudo, a minha cabeça explodiu! Brilhante! Mas fazer-me ir à Internet ler a história é um ponto negativo para o jogo. Talvez se jogar de novo e apanhar tudo, tenha uma melhor noção dos factos. Sim, no futuro…

O jogo teve uma recepção positiva no meio dos fãs de terror, mas dependeu de publicidade de boca para se espalhar, tanto que só o conheci assim. Mantive-me curioso durante anos até ter uma PS3 e até aproveitar uma promoção catita na loja online (sim, fui para a versão digital). Apesar do aspecto inferior aos jogos de hoje em dia, afinal Siren é um pseudo remake dos jogos da mesma saga da PS2, jogabilidade arcaica e da forma como a história nos é apresentada, considero que fiz uma boa compra. Gostei imenso do jogo e de como me senti a jogar: tenso, desconfortável e recompensado quando terminava os capítulos. Gostei da história na sua totalidade, da mitologia e dos pontos em aberto, das personagens. E o final? Nada mau! 
É verdade, não posso terminar este comentário sem mencionar a banda sonora que contribui em muito para o ambiente do jogo! Desde as sirenes às vozes dos monstros, aos sons indústrias ou mesmo o silêncio. Excelente. 
Recomendado a quem gosta jogos de terror.

Produtora. SCE Japan Studio
Data de lançamento: 24 de Julho de 2008

Pontuação: 7/10





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